UM COSMO ENTRE AS SUAS ORELHAS

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Se considerarmos uma célula como a menor unidade organizada formadora do corpo humano, então podemos conceber uma estrela como sendo a menor unidade organizada formadora do universo.

A quantidade e a densidade de estrelas é a base do raciocínio utilizado pelos Astrônomos para separar e classificar as várias estruturas do universo.

Começando sua viagem pelo seu quarto – nosso planeta –, verá que vivemos em uma “suíte” que tem a forma de uma bolinha de terra e água com um raio de aproximadamente 6.400 km.

Nossa “casa” é um sistema com cerca de 2 anos-luz de raio em torno da estrela mais próxima, o Sol.

Saindo pelo portão da garagem e observando a “rua”, você perceberá que o pequeno “condomínio” onde está sua casa, a Via Láctea, tem uma extensão de 100.000 anos-luz de uma ponta à outra.

Este condomínio está localizado em um “quarteirão” que reúne vários outros “condomínios” – como a galáxia Andrômeda –, com cerca de 10 milhões de anos-luz de extensão. Mas a organização do universo segundo os grupamentos de estrelas não termina aí.

Afastando um pouco mais, chegamos a estruturas cósmicas imensas, algo como “bairros”, reunindo centenas de “quarteirões” de aglomerados galácticos. São os chamados Superaglomerados. Olhando para trás, você verá que sua casa faz parte de um destes superaglomerados, o Superaglomerado Virgo, que abriga mais de 2000 galáxias e se estende por mais de 65 milhões de anos-luz.

Existem milhões de Superaglomerados espalhados por todo o universo visível, e os aglomerados galácticos dentro deles e os próprios superaglomerados entre si “comunicam-se” por filamentos de Matéria Escura. É a força gravitacional da Matéria Escura que mantém galáxias, aglomerados e superaglomerados organizados na configuração que conhecemos.

A primeira figura abaixo é uma simulação da NASA mostrando como a energia dos filamentos de Matéria Escura se estendem no tecido do espaço feito gigantescas avenidas flutuantes, conectando bilhões de bilhões de “quartos, casas, condomínios e bairros” que compõem o Cosmo.

A segunda figura é uma fotografia eletrônica de um único neurônio, igual aos pouco mais de 85 bilhões de neurônios que você está utilizando bem aí, no cérebro guardado entre as suas orelhas, enquanto lê este texto.

Vê alguma semelhança entre as duas imagens? Einstein e Baruch Spinoza veriam.

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Fontes:

https://www.nasa.gov/content/hubble-highlights-shining-a-light-on-dark-matter

https://www.smithsonianmag.com/smart-news/meet-boss-largest-structure-universe-180958378/

http://www.thestargarden.co.uk/Galaxies.html

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