BIGPHARMA: VOCÊ TEM ESTÔMAGO SUFICIENTE PARA SAIR DA MATRIX?

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Desde a década de 1960, os micróbios têm se tornado cada vez mais resistentes aos antibióticos. Apenas nos EUA, as doenças causadas por germes resistentes causam a morte de 700 mil pessoas a cada ano. Apesar disso sugerir que existe um mercado faminto por novos antimicrobianos, a última classe de antibióticos foi descoberta no final de 1980 e, de lá para cá, as pesquisas neste campo têm sido praticamente abandonadas. O motivo é simples: para colocar um novo antibiótico no mercado, os custos com pesquisas e desenvolvimento ultrapassam 1,5 bilhão de dólares. Porém, segundo estimativas dos analistas da BigPharma, um novo antibiótico é capaz de produzir um lucro de pouco mais de 46 milhões de dólares por ano (1).

Devido a esta péssima relação custo-benefício, as grandes indústrias farmacêuticas desistiram do mercado de antimicrobianos e passaram a perseguir mercados mais rentáveis, tais como medicamentos contra câncer, doenças degenerativas, transtornos psiquiátricos e vacinas: um medicamento oncológico é 3 vezes mais lucrativo que um antibiótico injetável. Um medicamento contra doenças musculoesqueléticas é 11 vezes mais lucrativo. E esses remédios também levam bem menos tempo para ser desenvolvidos: um medicamento contra transtorno obsessivo pode ser desenvolvido e testado em 1 ano – contra 5 anos (ou mais) para um antibiótico, e 10 anos ou mais (em média) para outros medicamentos (2).

O interesse pelo mercado de antibióticos diminuiu tanto que o laboratório AstraZeneca interrompeu suas pesquisas neste campo em 2016. Em 2018, os laboratórios Sabnofi e Novartis fizeram o mesmo. Apenas 4 das maiores companhias farmacêuticas do mundo ainda mantêm ativos seus programas de desenvolvimento de novos antibióticos (1).

Além da perda dos lucros com antibióticos e outros medicamentos, a BigPharma vem enfrentando graves problemas com ações judiciais. Nos últimos anos, as multas têm sido astronômicas (3):
– Amgen: 762 milhões de dólares em 2007 por vários medicamentos.
– Bayer: 775 milhões de dólares em 2019 pelo anticoagulante Xarelto.
– TAP Pharmaceutical: 875 milhões de dólares em 2000 pela droga Lupron, contra câncer na próstata.
– Merck: 950 milhões de dólares pelo antiinflamatório Vioxx em 2011.
– Eli Lilly: 1,4 BILHÕES de dólares pelo antipsicótico Zyprexa em 2009.
– Abbott: 1,5 BILHÕES de dólares por promoções ilegais do neuroléptico Depakote em 2012.
– Johnson & Johnson: 2,2 BILHÕES de dólares por várias práticas ilegais em 2013.
– Pfizer: 2,3 BILHÕES de dólares por práticas fraudulentas em 2009.
– Takeda Pharmaceutical: 2,4 BILHÕES de dólares por mais de 8 mil ações legais em 2015.
– GlaxoSmithKline: 3 BILHÕES de dólares em 2012 por vários medicamentos comercializados sem a devida documentação sobre sua segurança.

Para se livrar desses problemas e garantir seus lucros, a BigPharma financiou a eleição de Parlamentares que ajudassem em sua agenda com leis mais “favoráveis”. Nas últimas 6 eleições nos EUA, os Comitês de Ação Política das indústrias farmacêuticas (chamados PACs, pharmaceutical polical action committees), contribuíram nada menos que 76 milhões de dólares para a eleição de membros do congresso: 11,8 milhões em 2008; 12,4 milhões em 2010; 12.9 milhões em 2012; 13,9 milhões em 2014; 15,8 milhões em 2016 e 11,0 milhões em 2018. E as “doações” vão para os dois lados: em 2018, 185 candidatos Democratas (40 senadores e 145 congressistas) e 209 candidatos Republicanos (46 senadores e 163 congressistas) receberam dinheiro da BigPharma. Nada menos que 72% dos candidatos a cargos legislativos receberam dinheiro da BigPharma para suas campanhas. Os 10 laboratórios que mais doaram foram Pfizer, Amgen, AbbVie, Abbott, Eli Lilly, Merck, Johnson & Johnson, Sanofi, Genentech e AstraZeneca (4).

Toda esta influência tem sido utilizada para tentar diminuir o tempo e a quantidade de testes necessários para lançar novos medicamentos no mercado, além de reverter decretos que determinam restrições no preço de alguns medicamentos, aumentando em mais de 4 vezes o faturamento da BigPharma entre 2020 e 2029 (5).

Apesar dos esforços dos lobistas, e apesar de algumas companhias farmacêuticas terem experimentado valorização com a pandemia, (Roche +3,6%; Gilead, +14,5%; Regeneron +32,5%), muitas tiveram prejuízos imensos: Johnson & Johnson e Novartis encolheram 10%. Sanofi, -11,9%. Merck, -15,7%. Pfizer, -16,7%. Bayer, -28,5%. De um modo geral, a soma do prejuízo das 20 maiores companhias farmacêuticas do mundo chegou a 2,6 trilhões de dólares apenas no primeiro trimestre de 2020 – isso significa um encolhimento de 7,9% de seu valor (6).

Além das perdas bilionárias com ações judiciais, uma fatia considerável dos prejuízos vem da perda de patentes de medicamentos. Por exemplo: em 2011, a Pfizer deixou de lucrar 10 bilhões de dólares por ano com o vencimento da patente do Lipitor. Apenas em 2011, o vencimento de patentes custou mais de 50 bilhões de dólares à BigPharma (7).

Em 2020, a expiração de patentes tirou da Novartis a exclusividade de produção de 8 medicamentos – o que significou perder mais de 1,5 bilhão de dólares em lucro. A Roche estimou uma perda mais de 700 milhões de dólares pelo mesmo problema com o Ranibizumab (um medicamento contra edema macular). A Pfizer estimou um prejuízo de quase 800 milhões de dólares até 2025 com a expiração da patente do Chantix (medicamento anti-tabagismo). Entre 2015 e 2020, estima-se que o vencimento de patentes tenha custado à BigPharma 215 bilhões de dólares (7,8).

Considerando os prejuízos com pesquisa e desenvolvimento de antimicrobianos (um mercado anteriormente multibilionário), os custos com ações legais e expiração de patentes, mas contando com bilhões de dólares em caixa e fundos de investimentos interessados em ver jorrar novamente os lucros astronômicos da fonte da indústria farmacêutica, os manipuladores do mercado encontraram uma oportunidade única com a Pandemia: atuando como um cartel, acionistas da Moderna, Pfizer, AstraZeneca e Bill Gates (fundador da Gavin, uma aliança internacional para produção e distribuição de vacinas) passaram a assediar o governo norte-americano para impedir qualquer movimento favorável à quebra de patentes. Na Europa, a situação não foi diferente, e os lobistas da BigPharma “convenceram” as autoridades sanitárias tanto da defesa de seu monopólio quanto da adoção de campanhas de imunização em massa (9).

Indo além, os lobistas e parlamentares “patrocinados” pela BigPharma conseguiram garantir financiamentos governamentais suntuosos: a Operação Warpspeed injetou 18 bilhões de dólares (arrecadados com impostos) nas indústrias farmacêuticas dos EUA. Na Grã-Bretanha, foram aplicados 116 milhões de dólares – a maior parte indo para Oxford e AstraZeneca. Ao todo, mais de 112 bilhões de dólares do dinheiro público foi direcionado para pesquisas com vacinas contra a Pandemia. Contudo, quando as vacinas estavam prontas, a BigPharma trancou suas fórmulas em um cofre (10,11).

Graças a isto, a Pfizer projeta um faturamento de 46 bilhões de dólares em 2021 com a venda de sua vacina contra Covid19 – com um lucro de pelo menos 14 bilhões de dólares. A Moderna, que nunca teve 1 centavo de lucro em sua história, recebeu 529 milhões de dólares em financiamentos, faturou 200 milhões com vendas de sua vacina em 2020 e deve faturar mais de 20 bilhões de dólares em 2021 (isso para não falar que as ações da Moderna na Bolsa de Valores subiram 187% em 12 meses!). A AstraZeneca já embolsou 275 milhões de dólares apenas no primeiro trimestre de 2021 (10,11).

E os lucros não param aí, uma vez que a BigPharma informou que, devido ao surgimento de variantes do vírus, as pessoas precisarão receber reforços periódicos para evitar a doença nos próximos anos. Isso significa mais vendas – e mais lucros – com as vacinas. A Pandemia apresentou uma brecha inédita para que a BigPharma se banhasse em ouro. E esta é apenas uma parte da dura realidade por trás das narrativas aterrorizantes que sustentam a fraude que vivemos.

 

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Referências:

1) https://www.nature.com/articles/d41586-020-02884-3

2) https://corporatewatch.org/five-ways-big-pharma-makes-so-much-money/

3) https://www.pharmaceutical-technology.com/features/biggest-pharmaceutical-lawsuits/

4) https://khn.org/news/drugmakers-funnel-millions-to-lawmakers-a-few-dozen-get-100000-plus/

5) https://www.benefitspro.com/2019/11/20/big-pharma-companies-could-lose-1-trillion-and-still-be-more-profitable-than-other-industries/?slreturn=20210501080134

6) https://www.biospace.com/article/top-20-biopharma-companies-lose-2-6-trillion-market-cap-in-q1/

7) https://www.telegram.com/article/20110307/NEWS/103070394

8) https://www.pharmaceutical-technology.com/comment/2020-us-drug-expiries-big-pharma-set-to-feel-the-loss-of-major-blockbusters/

9) https://corporateeurope.org/en/2021/04/big-pharma-lobbys-self-serving-claims-block-global-access-vaccines

10) https://www.wionews.com/world/vaccine-profits-why-big-pharma-is-defending-patents-amid-pandemic-382817

11) https://www.wrcbtv.com/story/43496326/heres-what-covid-vaccines-are-worth-to-big-pharma

3 COMENTÁRIOS

  1. Uma fraude multimilionária, BigPharma produz a ausência de consciência, a sinistrose, doenças por falta de orientação e pânico com a possibilidade de mortes por vírus inexistentes e mutações constantes. Somos presas fáceis em países sem leis para combater grandes fraudes.

  2. Dr. Queria compartilhar o seguinte:
    Recentemente tentei compartilhar em um grupo da família, que inclui alguns medicos, dados sobre as multas milionarias que a bigpharma acumula.

    Para minha surpresa, todos que comentatam se colocaram ao lado das companhias.
    Fui acusado de não me preocupar com as pessoas que estão morrendo, ou seja, acale discurso padrão de pessoas amedrontadas e que não conseguem pensar.

    Diante desse cenário, que acredito ser a maioria no nosso país diante da minha amostragem, eu resolvi que antes de tentar fazer as pessoas enxergarem, é preciso retirar a venda que os cega.

    Essa venda é o medo. Esta é a arma dos globalistas.

    Gostaria de ouvi-lo discorrer sobre esse tema.

    Me despeço com essa história:

    Cerca de 75 anos atrás, Hermann Göring, tenente de ADOLF HITLER, testemunhou na Corte de Apelações de Nuremberg, ao ser questionado:

    – Como vocês conseguiram que o povo alemão aceitasse tudo aquilo?

    Ele respondeu;

    “Foi muito fácil, não tem nada a ver com o Nazismo, tem algo a ver com a natureza humana.

    Você consege fazer isso em um regime nazista, socialista, comunista, em uma monarquia e até em uma democracia.

    A única coisa que precisa ser feita para escravizar pessoas é amedontrá-las.

    Se você conseguir encontrar uma forma de aterrorizar as pessoas, você poderá fazer o que quiser com elas.”

    Abraços.
    O senhor me representa

  3. Quero aqui agradecer ao Dr. Alessandro por essa brilhante contribuição e coragem para ajudar a população não somente do Brasil como de toda parte do mundo. Por mais medicos como Dr. Alessandro Loiola.

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