OS LIBERAIS NO ARMÁRIO – OU PORQUE O LIBERALISMO NÃO EXISTE MAIS

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Sob o termo “liberais” e “neoliberais” se escondem muitos ideólogos francamente de Esquerda que defendem censuras à liberdade de expressão e louvam regimes totalitários. Por exemplo, Fernando Henrique Cardoso (FHC), o 34o Presidente da República do Brasil, foi rotulado de “continuador do projeto neoliberal” durante seus 8 anos de mandato (1995-2001).

Quando discursava para as plateias, FHC afirmava que sua proposta política consistia em extinguir a Era Vargas, diminuindo a intervenção do Estado na economia seria mínima realizando privatizações de empresas estatais e reduzidos os direitos trabalhistas, flexibilizando as legislações vigentes.

Na prática, o “neoliberal” FHC apontava entre suas principais preocupações o racismo, o meio ambiente e a igualdade de gênero. Apesar de se dizer defensor das políticas de direitos humanos, foi condescendente com o terrorismo do MST e era todo elogios para o ditador cubano comunista Fidel Castro, chegando a importar médicos cubanos para atuar no estado do Tocatins, em 1999. Também foi o primeiro presidente brasileiro a visitar Cuba, entre outros destinos que de “liberais” pouco tinham: em 1996 foi a Luanda em uma visita oficial ao “ditador”-presidente José Eduardo dos Santos, cujo mandato se estendeu de 1979 a 2017. Em 2001, visitou a Coreia do Norte com a intenção de estabelecer relações diplomáticas com aquele país.

O roteiro de viagens internacionais de FHC incluiu passagens por países como China, Rússia, Ucrânia e Bolívia, sendo que apenas na Venezuela FHC esteve por cinco vezes e, em 2002, ajudou no retorno do marxista bolivariano Hugo Chavez à presidência 28 horas após um golpe relâmpago.

Se observarmos os EUA, encontraremos sob a alcunha de “Liberais” líderes como Bill e Hillary Clinton, Barack e Michelle Obama, e Al Gore, que se opõem a cortes do governo em programas sociais e apoiam agendas Progressistas como legalização do aborto, ampliação do financiamento para saúde pública, direitos específicos para população LGBT, leis mais rígidas para proteção ambiental e impostos maiores para os mais ricos.

Ainda que em boa parte da Europa e na Oceania o sentido de “liberal” esteja bem mais próximo daquilo que entendemos como Libertarianismo, na Inglaterra de Tony Blair e no Canadá de Justin Trudeau, os “liberais”, que um dia se chamaram “Terceira Via”, seguem aquela velha cartilha do distributismo coletivista presente em qualquer doutrina clássica da Esquerda.

Considerando as ideias e atitudes contraditórias que se abrigam sob o termo Liberalismo, e considerando que nas Américas o conceito médio de Liberalismo é algo como FHC, Trudeau, Clinton e Obama, então o mais sensato a fazer é mesmo descartar de uma vez por todas o emprego do termo “liberal”, substituindo-o por Progressismo e Socialismo, pois ambos se aproximam muito mais daquilo que andam chamando por aí de Liberal.

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